quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Terra volta a tremer em Palhano; região já registrou abalos intensos na década de 1980

Novos abalos de terra foram registrados no município de Palhano, na região do Baixo Vale Jaguaribe na noite de segunda-feira, 4. De acordo com o Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) a magnitude foi de 2.1 na Escala Richter. 

No domingo passado, 3, houve uma sequência de tremores que começou por volta de meio-dia e se estendeu até à noite. Os dois maiores registros foram de 2.3 e 2.4 na Escala Richter. 

O chefe do Núcleo de Sismologia da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) do Estado do Ceará, Francisco das Chagas Brandão Melo, confirmou o tremor na noite desta segunda-feira. “Amanhã (quarta-feira) nós queremos ir até o município, fazer um levantamento da área do epicentro, um estudo e uma palestra para a população”, anunciou. “Conversamos com o coordenador da Defesa Civil do município e os moradores estão tranquilos até porque os tremores observados foram de intensidade reduzida, sem causar dano material”. 

Brandão disse aguardar uma viatura para ir para Palhano. “Já deveríamos estar em campo, mas não fomos por falta de uma viatura”, reforçou. 

Receio 

O receio dos técnicos é que Palhano é uma região propícia a tremores de terra e em 1980 houve vários abalos e um deles chegou a 4.5 na Escala Richter, provocando medo e danos materiais. 

O LabSis/UFRN vai instalar um novo equipamento no município para monitorar os tremores. 

“Temos receio de que novos e mais intensos tremores possam ocorrer na região, não é o que desejamos, mas pode ocorrer”, pontuou Brandão. 

O comerciário Carlos Araújo disse que ouviu um barulho na noite de ontem. “Parecia um trovão, um estrondo, muito rápido, mas não senti a terra tremer”, contou. 

O coordenador da Comdec, em Palhano, Otávio Simão Nogueira Neto, disse que está visitando as comunidades e conversando com moradores. “Por enquanto está tudo calmo e como os tremores são rápidos e de baixa intensidade nem todos percebem”, frisou. 

Outros tremores 

No Ceará as ocorrências de tremores de terra são recorrentes na região da Serra da Meruoca, Irauçuba, parte do Litoral Leste e no Baixo Jaguaribe, além do Sertão Central. De acordo com a Cedec, já foram registrados tremores em 52 municípios cearenses. 

O primeiro registro é de 1807, em Pereiro. O maior abalo das regiões Norte e Nordeste ocorreu em Pacajus, em 1980, com 5,2 graus na Escala Ritcher. O segundo tremor de terra de maior intensidade no Ceará foi observado em 1991, em Irauçuba, com intensidade de 4.9 graus.

Classificação dos tremores

Escala Richter 

3 a 3,9 graus – são percebidos pelos humanos, mas não causam danos materiais. 

4 a 4,9 graus – eventualmente provocam estragos em carros e vidros. 

5 a 5,9 – causam danos em construções sólidas, rachaduras. 

6 a 6,9 – causam estragos em um raio de 100 km, destroem pontes e estradas.


Com informações do Diário do Nordeste.

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