O açude Roberto Costa, popularmente conhecido como Trussu, é estratégico para o abastecimento das cidades de Iguatu e de Acopiara, na região Centro-Sul do Ceará. O reservatório recebeu recarga de 2% em janeiro e terminou o mês com volume de 19%. O aporte foi graças às precipitações localizadas da pré-estação chuvosa no Ceará. Em janeiro de 2020, o reservatório estava com 1,31% da capacidade.
Este é o melhor início de ano desde 2016, quando o reservatório acumulava 22,63% da reserva hídrica. Em 2012, o açude Trussu, a exemplo de outros no Ceará, entrou em curva decrescente de perda de volume em decorrência do ciclo de seca que castigou o Estado por sete anos.
No fim da quadra chuvosa (maio) de 2012 o reservatório acumulava 94%. Cinco anos depois, em janeiro de 2017, estava com 13,62% do volume e, no mesmo período de 2018, chegou a 7,82. Em janeiro de 2019 caiu ainda mais e estava apenas com 3,3%.
No ano passado, o Trussu começou a se recuperar e no final de maio de 2020 registrou volume de 24,5%, suficiente para tirar as cidades de Iguatu e de Acopiara da crise de abastecimento.
Para o gerente do escritório da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), em Iguatu, Anatarino Torres, “o aporte foi reduzido porque as chuvas continuam localizadas, mas a nossa esperança é que possamos ter fevereiro e março mais chuvosos, ampliando a recarga no Trussu”.
O agricultor José dos Reis, morador do sítio Volta, no entorno do Trussu, acredita que as chuvas serão intensificadas a partir da segunda quinzena deste mês. “A gente espera mais chuva no fim de fevereiro e em março”, disse. “Tenho fé de que o inverno vai ser bom”.
O superintendente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Iguatu, Marcus Ageu Medeiros, ressaltou que “o Trussu começa a atual quadra chuvosa bem melhor do que no ano passado, quando estava com pouco mesmo de 4% e nos trazia uma grande preocupação”. Para o gestor, “o bom seria que no fim de maio próximo o Trussu estivesse entre 40% e 50% de seu volume para dar segurança hídrica ao abastecimento de Iguatu e Acopiara por pelo menos três anos”.
Aportes
De acordo com dados da Cogerh, o volume acumulado nos 155 reservatórios monitorados pelo órgão é de 4,63 bilhões de metros cúbicos. Esse índice corresponde a 24,89% da capacidade total.
Nos últimos sete dias, os maiores aportes foram observados nos açudes Orós (Orós), Atalho (Brejo Santo), Tucunduba (Senador Sá), Itaúna (Granja) e Gameleira (Itapipoca). Em 2020, os açudes no Ceará receberam aporte de 5,9%.
Atualmente, seis açudes estão secos - Forquilha II (Tauá), Jatobá (Milhã), Madeiro (Pereiro), Monsenhor Tabosa (Monsenhor Tabosa), Pirabibu (Quixeramobim) e Salão (Canindé) e outros 14 reservatórios apresentam volume morto.
Com informações do Diário do Nordeste.
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