
Crateús (31%), Morada Nova (32%) e Jaguaruna 41%, se aproximaram desse estado de alerta. Os dados são da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
A baixa umidade relativa do ar decorre de um conjunto de condicionantes que inclui fim da temporada de chuva no sertão, redução de cobertura das nuvens, aumento de temperatura máxima e da velocidade dos ventos, e muitas vezes aliada à presença de massa de ar seco sobre o Estado.
O meteorologista do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Diogo Arsego, explica que a tendência é de que até o próximo sábado, o tempo permaneça seco com baixos índices de umidade relativa do ar. “O sertão vive dias de atenção com essas taxas abaixo de 30%”, observou.
“Uma massa de ar mais seco vem dominando grande parte do país e no sertão nordestino a ausência de chuva nessa época do ano contribui para o fenômeno”.
A meteorologista da Funceme, Meiry Sakamoto, explica que essa tendência é normal e para o segundo semestre do ano no Ceará. Ela acrescenta que áreas do semiárido cearense apresentam umidade relativa do ar mais baixa quando comparadas a região do litoral devido à distância do oceano.
Outro fator decorre das características geográficas predominantemente mais secas do solo e da vegetação do sertão que reduzem a evapotranspiração para a atmosfera. “A faixa litorânea geralmente se apresenta mais úmida ao longo de todo o ano, em virtude da umidade proveniente da evaporação da água oceânica e que é trazida para o continente pelos ventos”, observa Meiry Sakamoto.
Cuidados
As condições de baixa umidade relativa do ar requerem cuidados, pois, segundo meteorologistas e médicos, podem afetar a saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera estado de observação os níveis entre 40% a 31%. Quando a umidade cai abaixo dos 30%, há estado de atenção. Se a umidade atingir níveis entre 20% e 12%, ocorre o estado de alerta.
A OMS recomenda que quando a umidade relativa do ar cair para menos de 30%, é necessário reduzir a exposição ao sol e de realização de atividades físicas. Já o Ministério da Saúde indica também o aumento da hidratação, ingerindo mais água, suco natural ou água de coco.
Com informações do Diário do Nordeste.
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