Foto Antonio Rodrigues |
Dono de 87% da produção de abacaxi no Ceará, o município de Santana do Cariri, que registrou queda na produção nos últimos dois anos, vê seus agricultores apostarem novamente no fruto com perspectiva de crescimento na área plantada em 2020 devido as boas chuvas deste ano.
De 24 hectares destinado a este plantio em 2018 e 2019, neste ano saltou para 29 hectares, segundo a pesquisa de Produção Agrícola Municipal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontando um otimismo entre os trabalhadores do campo.
O Município sempre figurou entre os maiores produtores de abacaxi do Ceará, em sua maioria plantados na Chapada do Araripe. Inclusive, em 1980, chegou a 327 hectares de área colhida, mas o aparecimento da doença fusariose— doença causadas por fungos que cria ‘feridas’ no fruto — praticamente dizimou a cultura.
O plantio só foi retomado com maior força a partir de 2003, com 21 hectares colhidos. Nesta década, contou com um apoio técnico amplo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), que trabalhou o controle de pragas e doenças, além da correção do solo com calcário, indução floral e adubação orgânica, contribuindo para a revitalização da cultura em Santana do Cariri.
Em 2014, a produção de abacaxi voltou a viver um grande momento no Município, alcançando 150 hectares, antes de novamente entrar em decadência pela irregularidade das chuvas dos últimos anos. Apesar disso, Santana do Cariri se mantém como maior produtor da fruta do Ceará, com 29 dos 33 hectares do total plantado — apenas Porteiras e Potengi também registram plantio, com 2 hectares cada.
O agricultor Valdemiro dos Santos, o Bibi, do Sítio Lírio, trabalha com abacaxi há dez anos e, ao lado da apicultura, é sua principal fonte de renda. Otimista com a procura, ampliou de um para dois hectares sua produção, que comercializa, principalmente, nas feiras e comunidades rurais de Crato, Nova Olinda e na própria Santana do Cariri. “Este ano já vou tirando três sacas”, estima.
Como o abacaxi da Chapada do Araripe, do tipo pérola, chega a pesar entre 1,8 a 2 quilos, a unidade é vendida por R$ 4 a R$ 5.
“Numa safra, consigo ter uma renda de R$ 10 a 12 mil. Por isso, tem muita gente plantando de novo. Os que deixaram, estão voltando”, acredita Bibi.
Benefícios
A produção de abacaxi oferece duas vantagens ao agricultor da Chapada do Araripe. A primeira é que ela pode garantir uma safra a partir de outubro, mês do ano em que, pela falta de água, é difícil para os trabalhadores do campo conseguirem renda. “E ainda vou colher outra em dezembro e janeiro. Pega uma época boa, porque não ter muito no comércio e vende bem”, garante Bibi.
A outra vantagem é que o fruto plantado na região é de “sequeiro”, ou seja, não precisa de irrigação, que é uma das dificuldades para os moradores daquela região. “Ele dá sem chuva e com a mesma qualidade”, acrescenta o agricultor. E é este tipo de plantio que orienta o gerente regional da Ematerce no Cariri, Francisco Landim Lóssio da Rocha.
“O abacaxi já foi praticamente dizimado. A serra, principalmente, não tem água. Por isso, a produção tem que ser de sequeiro, porque não tem condições de irrigar”, explica.
Lóssio garante que a Ematerce está de portas abertas para o produtor que se interessar em retomar esta produção. “Podemos elaborar projeto. Inclusive, próxima semana estarei naquela região, orientando os produtores. Nós temos um técnico especializado na área que pode dar treinamento”, completa.
O Escritório Regional de Crato, que atende 20 municípios do Cariri, funciona dentro do Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcanti. O contato é (88) 3521-2835.
Com informações do Diário do Nordeste.
De 24 hectares destinado a este plantio em 2018 e 2019, neste ano saltou para 29 hectares, segundo a pesquisa de Produção Agrícola Municipal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontando um otimismo entre os trabalhadores do campo.
O Município sempre figurou entre os maiores produtores de abacaxi do Ceará, em sua maioria plantados na Chapada do Araripe. Inclusive, em 1980, chegou a 327 hectares de área colhida, mas o aparecimento da doença fusariose— doença causadas por fungos que cria ‘feridas’ no fruto — praticamente dizimou a cultura.
O plantio só foi retomado com maior força a partir de 2003, com 21 hectares colhidos. Nesta década, contou com um apoio técnico amplo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), que trabalhou o controle de pragas e doenças, além da correção do solo com calcário, indução floral e adubação orgânica, contribuindo para a revitalização da cultura em Santana do Cariri.
Em 2014, a produção de abacaxi voltou a viver um grande momento no Município, alcançando 150 hectares, antes de novamente entrar em decadência pela irregularidade das chuvas dos últimos anos. Apesar disso, Santana do Cariri se mantém como maior produtor da fruta do Ceará, com 29 dos 33 hectares do total plantado — apenas Porteiras e Potengi também registram plantio, com 2 hectares cada.
O agricultor Valdemiro dos Santos, o Bibi, do Sítio Lírio, trabalha com abacaxi há dez anos e, ao lado da apicultura, é sua principal fonte de renda. Otimista com a procura, ampliou de um para dois hectares sua produção, que comercializa, principalmente, nas feiras e comunidades rurais de Crato, Nova Olinda e na própria Santana do Cariri. “Este ano já vou tirando três sacas”, estima.
Como o abacaxi da Chapada do Araripe, do tipo pérola, chega a pesar entre 1,8 a 2 quilos, a unidade é vendida por R$ 4 a R$ 5.
“Numa safra, consigo ter uma renda de R$ 10 a 12 mil. Por isso, tem muita gente plantando de novo. Os que deixaram, estão voltando”, acredita Bibi.
Benefícios
A produção de abacaxi oferece duas vantagens ao agricultor da Chapada do Araripe. A primeira é que ela pode garantir uma safra a partir de outubro, mês do ano em que, pela falta de água, é difícil para os trabalhadores do campo conseguirem renda. “E ainda vou colher outra em dezembro e janeiro. Pega uma época boa, porque não ter muito no comércio e vende bem”, garante Bibi.
A outra vantagem é que o fruto plantado na região é de “sequeiro”, ou seja, não precisa de irrigação, que é uma das dificuldades para os moradores daquela região. “Ele dá sem chuva e com a mesma qualidade”, acrescenta o agricultor. E é este tipo de plantio que orienta o gerente regional da Ematerce no Cariri, Francisco Landim Lóssio da Rocha.
“O abacaxi já foi praticamente dizimado. A serra, principalmente, não tem água. Por isso, a produção tem que ser de sequeiro, porque não tem condições de irrigar”, explica.
Lóssio garante que a Ematerce está de portas abertas para o produtor que se interessar em retomar esta produção. “Podemos elaborar projeto. Inclusive, próxima semana estarei naquela região, orientando os produtores. Nós temos um técnico especializado na área que pode dar treinamento”, completa.
O Escritório Regional de Crato, que atende 20 municípios do Cariri, funciona dentro do Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcanti. O contato é (88) 3521-2835.
Com informações do Diário do Nordeste.
Nenhum comentário:
Postar um comentário