Foto Camila Lima/SVM |
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), quando canais que levam sangue ao cérebro entopem (isquêmico) ou se rompem (hemorrágico), parando a circulação, levou pelo menos 3.556 pessoas a leitos de internação públicos no Ceará, em 2020, até agosto. Do total, 956 (26%) tinham de 0 a 59 anos de idade, segundo dados levantados pelo Sistema Verdes Mares no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (Datasus).
O maior número de hospitalizações por AVC em território cearense foi de idosos de 70 a 79 anos, com 927 casos; seguidos por aqueles com mais de 80 anos, que corresponderam a 883 internações; e por pessoas de 60 a 69 anos, com 790 casos.
O acidente vascular, porém, não atinge apenas pessoas mais velhas: neste ano, duas crianças menores de um ano de idade e outras duas entre 1 e 4 anos foram internadas em unidades do Ceará após AVC, conforme o Datasus. Outros dois casos foram registrados entre pequenos de 10 a 14 anos.
O número de internações aumenta em proporção direta à idade. Foram registradas ainda, no Datasus, hospitalizações por AVC entre adolescentes de 15 a 19 anos (7), 20 a 29 anos (43), 30 a 39 anos (123), 40 a 49 anos (232) e 50 a 59 anos (545).
“Um dado interessante, não só no Brasil como no exterior, é que a incidência do AVC ao longo dos últimos dez anos caiu, passando de primeira a segunda causa de mortalidade no País. Entretanto, na população jovem, a incidência aumentou ao longo dos últimos dez anos”, revela Fabrício Lima, chefe da Unidade de AVC do Hospital Geral de Fortaleza (HGF).
Mortes
A influência da idade na ocorrência e na letalidade do AVC entrou novamente em discussão na noite de domingo (1º), quando Tom Veiga, intérprete do personagem Louro José, foi encontrado morto em casa, aos 47 anos, após sofrer um acidente vascular hemorrágico. A causa da morte foi identificada por laudo do Instituto Médico Legal (IML), divulgado na manhã desta segunda-feira (2), causando surpresa nas redes sociais.
No Ceará, conforme dados do Datasus, 568 pessoas morreram em decorrência de AVCs isquêmicos ou hemorrágicos, entre janeiro e agosto de 2020. Em 2019 inteiro, foram 1.143 vítimas. Todas as faixas etárias registraram pelo menos um óbito por esta causa, desde menores de um ano até maiores de 80. Mas o acidente se torna mais letal entre os idosos, que concentraram 427 das mortes anotadas neste ano e 906 das ocorridas em 2019.
O médico Fabrício Lima reforça que a doença é mais comum entre pessoas acima de 50 anos, que, em geral, têm maior acúmulo de fatores de risco – mas pode acontecer “em qualquer idade”.
“Com a idade, a gente vai começando a acumular problemas de saúde, como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos, que são fatores de risco para AVC. Quanto maior a incidência deles, maiores os riscos de AVC. Por isso os casos também aumentam com a idade. Mas o AVC é uma doença com múltiplas causas, que podem inclusive acometer jovens”, pontua Dr. Fabrício.
Tratar doenças pré-existentes, controlar o colesterol com alimentação adequada e manter um estilo de vida minimamente saudável são medidas para reduzir a ocorrência de acidente vascular cerebral, como lista o médico. O HGF é referência estadual e nacional no tratamento da doença. “É extremamente importante as pessoas saberem que quanto mais precoce o tratamento, maiores as chances de sobrevida e menor o desenvolvimento de sequelas”, conclui o médico.
Com informações do Diário do Nordeste.
O maior número de hospitalizações por AVC em território cearense foi de idosos de 70 a 79 anos, com 927 casos; seguidos por aqueles com mais de 80 anos, que corresponderam a 883 internações; e por pessoas de 60 a 69 anos, com 790 casos.
O acidente vascular, porém, não atinge apenas pessoas mais velhas: neste ano, duas crianças menores de um ano de idade e outras duas entre 1 e 4 anos foram internadas em unidades do Ceará após AVC, conforme o Datasus. Outros dois casos foram registrados entre pequenos de 10 a 14 anos.
O número de internações aumenta em proporção direta à idade. Foram registradas ainda, no Datasus, hospitalizações por AVC entre adolescentes de 15 a 19 anos (7), 20 a 29 anos (43), 30 a 39 anos (123), 40 a 49 anos (232) e 50 a 59 anos (545).
“Um dado interessante, não só no Brasil como no exterior, é que a incidência do AVC ao longo dos últimos dez anos caiu, passando de primeira a segunda causa de mortalidade no País. Entretanto, na população jovem, a incidência aumentou ao longo dos últimos dez anos”, revela Fabrício Lima, chefe da Unidade de AVC do Hospital Geral de Fortaleza (HGF).
Mortes
A influência da idade na ocorrência e na letalidade do AVC entrou novamente em discussão na noite de domingo (1º), quando Tom Veiga, intérprete do personagem Louro José, foi encontrado morto em casa, aos 47 anos, após sofrer um acidente vascular hemorrágico. A causa da morte foi identificada por laudo do Instituto Médico Legal (IML), divulgado na manhã desta segunda-feira (2), causando surpresa nas redes sociais.
No Ceará, conforme dados do Datasus, 568 pessoas morreram em decorrência de AVCs isquêmicos ou hemorrágicos, entre janeiro e agosto de 2020. Em 2019 inteiro, foram 1.143 vítimas. Todas as faixas etárias registraram pelo menos um óbito por esta causa, desde menores de um ano até maiores de 80. Mas o acidente se torna mais letal entre os idosos, que concentraram 427 das mortes anotadas neste ano e 906 das ocorridas em 2019.
O médico Fabrício Lima reforça que a doença é mais comum entre pessoas acima de 50 anos, que, em geral, têm maior acúmulo de fatores de risco – mas pode acontecer “em qualquer idade”.
“Com a idade, a gente vai começando a acumular problemas de saúde, como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos, que são fatores de risco para AVC. Quanto maior a incidência deles, maiores os riscos de AVC. Por isso os casos também aumentam com a idade. Mas o AVC é uma doença com múltiplas causas, que podem inclusive acometer jovens”, pontua Dr. Fabrício.
Tratar doenças pré-existentes, controlar o colesterol com alimentação adequada e manter um estilo de vida minimamente saudável são medidas para reduzir a ocorrência de acidente vascular cerebral, como lista o médico. O HGF é referência estadual e nacional no tratamento da doença. “É extremamente importante as pessoas saberem que quanto mais precoce o tratamento, maiores as chances de sobrevida e menor o desenvolvimento de sequelas”, conclui o médico.
Com informações do Diário do Nordeste.
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