sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Governadores e Bolsonaro divergem sobre compra de vacina contra o coronavirus

 

Foto AFP
A decisão do presidente Jair Bolsonaro de rejeitar a compra da potencial vacina da chinesa Sinovac contra a Covid-19 gerou, ontem, reações de vários governadores, incluindo Camilo Santana (PT). Os chefes de Executivos estaduais já falam em recorrer ao Congresso Nacional e à Justiça para garantir a vacinação com todos os imunizantes disponíveis.



A potencial vacina da Sinovac, batizada de CoronaVac, é uma das que estão sendo testadas no Brasil em um estudo liderado pelo Instituto Butantan, do governo paulista. Bolsonaro desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e determinou o cancelamento do protocolo de intenções assinado pelo auxiliar na última terça-feira (20).

"Não será comprada", respondeu Bolsonaro na sua página no Facebook, diante do comentário de um apoiador que criticou o fato de a vacina da Sinovac ser chinesa. O apoiador afirmou também que a China, maior parceiro comercial e importante destino das exportações agrícolas brasileiras, é uma ditadura.

Horas depois, o secretário-executivo da Pasta, Élcio Franco, leu um comunicado em que contraria o anúncio feito na véspera e disse que "não houve qualquer compromisso com o governo do Estado de São Paulo ou seu governador, no sentido de aquisição de vacinas contra Covid-19".

Afirmou ainda que não há qualquer intenção de comprar vacinas provenientes da China, como Pazuello havia anunciado na terça.

Em reunião com os 27 governadores dos Estados e do Distrito Federal, o ministro havia assinado um protocolo de intenções para a compra de 46 milhões de doses da vacina do Butantan-Sinovac.

Em outra publicação no Facebook, Bolsonaro apontou que a vacina não tem ainda comprovação científica. "O povo brasileiro não será cobaia de ninguém". Em visita a uma obra em Iperó (SP), o presidente voltou ao assunto.

"Nada será despendido agora para comprarmos uma vacina chinesa que eu desconheço, mas parece que nenhum país do mundo está interessado nela", disse o presidente, acrescentando que "toda e qualquer vacina está descartada. Ela tem que ter uma validade do Ministério da Saúde e uma certificação por parte da Anvisa. Fora isso não tem qualquer dispêndio de recursos".


Com informações do Diário do Nordeste.

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