O delegado de Polícia Civil, Weslley Alves, observou que o perfil realizava publicações com o intuito de beneficiar e favorecer os adversários do deputado, além de influenciar e manipular a opinião pública com postagens de cunho político. O perfil ficou bastante conhecido na cidade e alcançou cerca de cinco mil seguidores e suas postagens tiveram uma grande repercussão e alcance em Iguatu. Ainda de acordo com a investigação da Polícia Civil, o perfil esteve ativo realizando publicações e postagens por pouco mais de três anos e no início do ano de 2019 foi excluído.
Investigação
O delegado regional de Polícia Civil de Iguatu, Marcos Sandro, coordenou as investigações e designou o delegado Weslley Alves, e sua equipe para ficarem à frente do caso.
A Polícia monitorou a atuação do perfil falso há alguns meses e no início do ano de 2019 desencadeou uma série de ações com o fim de elucidar o caso. Com o apoio da Justiça da Comarca de Iguatu, foi decretada a quebra do sigilo de dados do perfil e em seguida, com o apoio da empresa Facebook houve informações básicas, como as datas e os horários exatos dos acessos ao perfil. Posteriormente, com o apoio das empresas de comunicações – telefonia e internet os investigadores conseguiram informações sobre o local exato de onde partiram boa parte das postagens e sobre quem estava realizando as publicações criminosas.
Elucidação
Após quase seis meses de investigações e análise de mais de 350 páginas de documentos e dados, os investigadores chegaram aos suspeitos: Cícero Rodrigues Ferreira, 41 anos; Aurileide Alves de Assis, 41 anos; Jossenir Alves de Assis, 34 anos;e de Vinícius Assunção.
Para a Polícia, os quatro eram os autores materiais das postagens caluniosas e difamatórias realizadas pelo perfil fake “Francisco Pimenta” durante os seus mais de três anos de atuação.
Os infratores foram localizados e notificados para comparecerem na Delegacia Regional de Iguatu para serem interrogados e para prestarem esclarecimentos. Ao final das investigações, os infratores foram indiciados pelos crimes de calúnia, difamação e injúria.
Participação
O delegado Weslley Alves explicou que o casal Cícero Rodrigues e Aurileide de Assis realizavam boa parte dos acessos ao perfil falso usando a conexão de internet da sua própria residência e isso ocorria durante vários horários no decorrer do dia. Além disso, a internet usada pelos dois para realizar as publicações, mais precisamente no ano de 2017, estava registrada no nome de Jossenir Alves, que é irmão de Aurileide.
Motivação
Segundo o apurado, durante toda a investigação, a motivação das postagens está relacionada diretamente a fins políticos e tinha o principal objetivo de denegrir a imagem do deputado estadual, Agenor Neto e de pessoas ligadas ao seu grupo político.
Por outro lado, as postagens manipulavam a opinião pública sobre fatos políticos e sociais ocorrido em Iguatu e beneficiavam, por consequência, os adversários do parlamentar.
Esclarecimento
Um dos nomes citados na investigação é de Vinícius Assunção que divulgou nota negando participação: “É totalmente infundada a acusação que me é imposta como autor material das postagens difamatórias realizadas pelo Perfil Fake em destaque, portanto NEGO veementemente qualquer tipo de participação na idealização, construção, ou execução no âmbito da conta de rede social “Francisco Pimenta”. A versão apresentada pela Ilustríssimo Senhor Delegado de Policia não reflete a verdade e, muito menos, aponta para a existência de cometimento de qualquer irregularidade, tão pouco de crime, não comprovando qualquer materialidade.
Os que me conhecem sabem da minha conduta e que sempre fui uma pessoa pacificadora, e profissional, independente de lado politico, respeitando a todos. Confio na Justiça, nas pessoas de bem e estou certo que a verdade irá prevalecer”.
O blog tentou entrar em contato com os outros citados, mas não conseguiu.
Por - Honório Barbosa
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