O bairro Meireles não é conhecido só por ser uma das áreas mais ricas de Fortaleza e possuir o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Capital, mas também por condensar uma série de atividades econômicas, levando trabalhadores de diversas áreas da cidade e da Região Metropolitana a trabalhar nos seus shoppings, restaurantes e negócios famosos.
Contudo, a região também é a mais atingida pela Covid-19 – a infecção causada pelo novo coronavírus. Foram 163 casos confirmados até o último domingo (12), de acordo com um mapa da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), obtido pelo Sistema Verdes Mares. Os dados dão ao Meireles o primeiro lugar no número de casos confirmados de todo o Estado, apresentando maior quantidade – também – do que outros 10 estados do Brasil e 70 países do mundo.
Conforme o Ministério da Saúde, o número de casos confirmados nos seguintes estados são: Mato Grosso (134), Mato Grosso do Sul (113), Paraíba (111), Acre (90), Roraima (83), Alagoas (50), Piauí (50), Sergipe (44), Rondônia (42), Tocantins (26). Já com base nos dados da Universidade John Hopkins, que realiza monitoramento em tempo real dos casos no mundo todo, o Meireles fica à frente de nações como o Paraguai (147), El Salvador (137) e Jamaica (72).
De acordo com o mapa da Prefeitura de Fortaleza, apenas sete bairros da Capital ainda não tinham apresentado (até domingo, 12) casos confirmados da doença: Moura Brasil, Conjunto Esperança, Ancuri, São Bento, Bom Futuro, Aerolândia e Sabiaguaba. No entanto, 373 confirmações ainda não foram georreferenciadas pelas autoridades sanitárias, ou seja, ainda não houve a identificação da origem do paciente que testou positivo.
Independentemente disso, para o gerente da Célula da Vigilância Epidemiológica de Fortaleza, Antônio Lima, a Prefeitura já considera a circulação viral sustentada em toda a cidade e isso ocorre porque não foi capturado “um caso ou outro nesses bairros”.
“Em bairros cuja circulação viral se estabeleceu no início, a circulação foi muito intensa, provocou um número grande de casos e, desde esse momento, nós estamos monitorando a dispersão nos bairros menos favorecidos e áreas mais adensadas”, explica o chefe da Vigilância Epidemiológica do Município.
Preocupação
Antônio Lima cita como áreas mais preocupantes, no momento, as regiões do Grande Pirambu, Grande Vicente Pinzón e entroncamento das regionais 2, 3 e 4 (Fátima, Benfica, Montese e Parquelândia). De acordo com ele, o momento pelo qual passa o Ceará é de transição.
Com informações do Diário do Nordeste.
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