No Galeão e em Viracopos, sistema de 'gatilho' pode desobrigar atuais concessionárias de fazer parte das obras previstas em contrato. Governo e Anac dizem que não haverá prejuízo.
A crise econômica que atinge o país deve provocar o adiamento de uma parte dos investimentos previstos para aeroportos que estão sob concessão.
Em dois casos, Galeão (RJ) e Viracopos (SP), há risco de que obras listadas em contrato não sejam executadas pelas atuais concessionárias.
Isso acontece porque os contratos preveem, em alguns casos, o chamado "gatilho", dispositivo que obriga as empresas a fazerem determinados investimentos se os aeroportos atingirem um patamar de movimentação de passageiros ou aeronaves.
Entretanto, se o gatilho não é disparado, a concessionária não precisa fazer a obra.
Os estudos do governo para o leilão dos aeroportos foram feitos no começo da década, período de crescimento econômico. Por isso, havia, naquela época, a expectativa de que todos os gatilhos fossem disparados durante as concessões.
Previsões mais recentes, que já levam em conta os efeitos da crise, apontam, porém, movimentação de passageiros e aeronaves bem abaixo da estimada na época dos leilões.
Procurados, o Ministério da Infraestrutura e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apontaram que não haverá prejuízos para os passageiros ou para o governo caso investimentos atrelados a gatilhos não sejam feitos nesses aeroportos (leia mais abaixo).
A Aeroportos Brasil, concessionária de Viracopos, informou que já pediu à Anac o reequilíbrio econômico-financeiro do seu contrato, devido à frustração na demanda de passageiros, que reduziu suas receitas. A concessionária Riogaleão, do aeroporto carioca, informou que não descarta fazer o mesmo. [fonte g1]
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