quarta-feira, 24 de junho de 2020

Projeto de grupo espírita arrecada R$ 282 mil e distribui doações para 60 instituições do Ceará

Distribuir alimentos nas periferias de Fortaleza já era premissa do Projeto Semeadores desde que ele foi criado, em 2011. Durante a pandemia do coronavírus, o Grupo Espírita Paz e Bem, idealizador da iniciativa, percebeu que a situação da fome nas comunidades se agravava rapidamente e sentiu necessidade de ampliar a rede de apoio. Desde março já foram R$ 282 mil arrecadados para 60 instituições espalhadas pelo Ceará. O dinheiro já foi convertido em 65 toneladas de alimentos. 

De acordo com Joseane Oliveira, diretora de Relações Públicas do grupo, antes da pandemia o projeto focava em ajudar outros centros espíritas que já faziam trabalhos sociais próximos aos locais de oração. No entanto, a situação de pobreza e fome registrada pelas instituições ajudadas foi um alerta. “A gente pensou que se as nossas instituições estão assim, imagine as outras. A gente derrubou as fronteiras da religião. Antes nosso foco eram casas espíritas, mas hoje o projeto apoia qualquer instituição, independente de religião, que esteja trabalhando principalmente com o intuito de saciar a fome”, explica.

Com o objetivo de ajudar primeiramente a população mais vulnerável, como pessoas em situação de rua, os esforços foram voltados para comprar alimentos. Entretanto, em alguns casos, o dinheiro foi utilizado para comprar vales em um mercado local, permitindo que famílias adquirissem comidas ou produtos de limpeza. 

Os recursos são repassados para as contas bancárias de outras instituições e elas fazem a compra dos alimentos, sempre prestando conta com o projeto. Joseane acredita que, desta forma, o Semeadores ajuda mais pessoas e diminui o deslocamento. Essa dinâmica permitiu que o dinheiro fosse distribuído também para instituições do interior, como das cidades de Quixadá, Massapê e Uruoca.

Mesmo após a pandemia acabar, Joseane afirma que a meta do projeto é continuar distribuindo doações para instituições fora da religião espírita. “A gente acredita que é nossa missão. Vai depender muito do que a gente conseguir. Também esperamos que as próprias condições de vida das pessoas melhorem. Mas sempre que houver fome e necessidade a gente vai tentar ajudar”, almeja. 

Em junho, mesmo com a permissão para voltar às atividades presenciais do centro, Joseane explica que os esforços do grupo vão continuar sendo online. “Hoje em dia a internet se mostrou uma boa maneira para chegar nos lares das pessoas”, diz. Ela afirma que o grupo sempre busca novas maneiras para conseguir doações, como um programa de lives que deve ser iniciado nas redes sociais. A ideia é trazer pessoas de diferentes religiões e também cientistas para comentar as mudanças na sociedade causadas pela pandemia. 

Como ajudar

Para mais informações sobre como doar, visite o perfil do Instagram do Grupo Espírita Paz e Bem.

Com informações do Diário do Nordeste.

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