A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) protocolou, no último dia 27 de agosto, um pedido de liminar no Tribunal de Justiça solicitando que o Governo do Estado do Ceará e a Prefeitura de Fortaleza apresentassem, em até 72 horas, o plano de retomada econômica para o setor de entretenimento, especificando datas e condições para o retorno.
No entanto, o pedido não foi atendido pela Justiça, fato que desagradou representantes da categoria. O setor ficou de fora da lista de negócios que podem voltar ao trabalho por mais uma semana.
O presidente da Abrasel, Rodolphe Trindade, diz que a conclusão da entidade é de que há uma discriminação contra o setor, que está há seis meses sem permissão para trabalhar, o que compromete a geração de emprego e renda para diversas famílias. "A única resposta que temos recebido da Prefeitura de Fortaleza, do Governo do Estado, e agora também da Justiça, é o silêncio", afirma.
Plano de retomada econômica
Em nota, a Abrasil informou que em 28 de maio, o Governo do Estado do Ceará divulgou o plano de retomada econômica, inserindo o setor de entretenimento na Fase 4, com previsão de retorno em 20 de julho, o que não aconteceu, apesar de todos os critérios de transição previstos terem sido alcançados, como redução na taxa de ocupação de leitos e na taxa de internações por Covid-19.
"Os informes oficiais da Secretaria de Saúde mostram, felizmente, uma redução drástica dos critérios de transição na cidade de Fortaleza, com o menor patamar histórico desde o início da pandemia, sendo um cenário de baixa que vem se consolidando há meses, mesmo após a retomada dos setores das fases 1, 2 e 3. Apesar disso, entendemos que de forma arbitrária, o governo estadual e municipal tm liberado cinemas e mantido a proibição de transmissão de jogos em bares e restaurantes”, destaca Rodolphe Trindade, que questiona qual o plano de retomada econômica para o setor de entretenimento, as datas, os critérios e os indicadores necessários para o avanço no retorno das atividades.
'Falta de isonomia'
Rodolphe Trindade afirma que a falta de diálogo é constante em todas as esferas, incluindo o próprio grupo estratégico para a retomada, criado pelo Governo do Estado, que teoricamente precisaria se reunir para discutir medidas, protocolos e fases de retomada. Há meses, as reuniões não acontecem, e as sugestões enviadas no grupo de WhatsApp não são respondidas. Nesta semana, o presidente da Abrasel contestou a falta de isonomia no que se refere ao setor de eventos. Até a publicação desta matéria, o Governo do Estado não havia se manifestado sobre o assunto.
Com informações do Diário do Nordeste.
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