Foto Mateus Ferreira |
O Ceará apresenta três barragens com maior risco de rompimento, segundo Relatório de Segurança de Barragens (RSB) divulgado pela Agência Nacional das Águas (ANA), nesta última segunda-feira (31). Em relação ao relatório anterior, de 2019, houve uma redução de 66%, saindo de nove para três barragens. São elas a de Várzea do Boi, a de Granjeiro e a barragem do Jaburu I.
No Ceará, existem 241 barragens registradas pela ANA, embora o número de estruturas existentes seja ainda maior. A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) estima a existência de mais de 90 mil de pequeno, médio e grande porte - dentre as quais 155 são monitoradas pelo Estado.
No Ceará, existem 241 barragens registradas pela ANA, embora o número de estruturas existentes seja ainda maior. A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) estima a existência de mais de 90 mil de pequeno, médio e grande porte - dentre as quais 155 são monitoradas pelo Estado.
A metodologia adotada pela ANA, no Ceará, conforme o relatório, se baseia “na avaliação do estado de conservação da barragem; avaliação do nível de perigo; a classificação de risco da barragem; e se a barragem possui ou não projeto de recuperação elaborado. Além disso, considera se há ações de manutenção/recuperação não executadas no ano de 2019”, aponta.
O incidente ocorrido em Jati não consta no relatório publicado pela ANA. O rompimento na tubulação, que fez com que duas mil pessoas fossem evacuadas, deve estar no próximo relatório, em 2021.
O RSB destaca que a Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH) do Ceará, órgão fiscalizador no Estado, emitiu notas técnicas e ofícios exigindo o cumprimento das exigências aos empreendedores. A Secretaria acrescenta que, “para verificar o bom desempenho de uma barragem, devem ser realizadas inspeções que identifiquem possíveis deficiências em relação ao desempenho considerado satisfatório”.
“O programa de inspeção e segurança de barragens é de fundamental importância para a segurança de uma barragem a longo prazo e deverá ser parte integrante do plano de operação da toda estrutura”
As barragens estão divididas em categorias de risco, podendo ser classificadas de acordo com os seguintes parâmetros: características técnicas, estado de conservação e Plano de Segurança da Barragem. Já os critérios gerais utilizados para saber o dano potencial associado na área afetada, em caso de rompimento ou outros incidentes, são os seguintes, segundo a SRH:
População a jusante com potencial de perda de vidas humanas;
Unidades habitacionais ou equipamentos urbanos ou comunitários;
Infraestrutura ou serviços;
Equipamentos de serviços públicos essenciais; existência de áreas protegidas definidas em legislação, natureza dos rejeitos ou resíduos armazenados e volume.
Os 155 açudes estratégicos - 90% da capacidade de acumulação de todo o Estado, são monitorados e inspecionados anualmente pela Cogerh (estaduais) e pelo Dnocs (federais). "Conforme inspeções sistemáticas realizadas pelo setor de Segurança e Infraestrutura da Companhia de Gestão, são executados devidas ações de manutenção e reparação das estruturas", disse a SRH, em nota.
Com informações do Diário do Nordeste.
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