Segundo o tenente-coronel Maurílio Nunes, o sequestro do ônibus 174, em 2000, foi a última vez que um refém morreu durante uma operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
O comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, tenente-coronel Maurílio Nunes, disse nesta terça-feira (20) que a negociação é a principal estratégia utilizada pela unidade para encerrar ações criminosas com reféns. Segundo o oficial, mais de 90% das crises como o sequestro do ônibus na Ponte Rio-Niterói são solucionadas pelos negociadores.
Na grande maioria dos casos, então, o Bope não precisa utilizar atiradores de elite, por exemplo, como, segundo a polícia, foi necessário para neutralizar Willian Augusto da Silva, de 20 anos, sequestrador do ônibus na Ponte Rio-Niterói. Ele terminou baleado e morto, com seis perfurações, segundo uma perícia inicial.
A atuação do Bope nesse caso permitiu que 39 reféns fossem liberados sem ferimentos, após mais de três horas de sequestro.
"O Bope desde os anos 2000 não perde um refém. E a negociação é nossa principal alternativa tática. Mais de 90% das crises que nós tivemos foram resolvida através do negociador. A gerência de crise partiu para a decisão de passar da negociação real para uma negociação tática, nesse caso", disse o tenente-coronel.
Conforme a explicação de Nunes, durante a negociação tática os atiradores de elite da corporação passam a ter o sinal verde para efetuar um disparo certeiro sem colocar a vida de outras pessoas em risco.
"Ele amedrontava as vítimas em alguns momentos, falando que ele ia matar 10 pessoas se não entregasse o dinheiro para ele. Depois falava: 'vou me jogar com um de vocês da ponte'. Então o risco de uma vida sequer foi a motivação para passar naquele momento para uma alternativa tática de neutralização", explicou Nunes.
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